quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Jesus - meu tudo


Em meio a muitas encruzilhadas da vida, armadilhas que nós mesmos colocamos diante de nós e outras que o inimigo nos prepara, eu vejo quão fraco eu sou, bem ao contrário do que o eu acredito que sou. Faço-me crer que sou uma pessoa forte, destemida, imbatível e o que vejo é um cara fraco, medroso e facilmente abatido por uma bomba do maligno.

Mas quando esse pensamento me vem à tona, eu lembro que eu realmente não devo ser forte em mim mesmo, mas em Cristo, porque é necessário que eu me enfraqueça para dar espaço pra Ele se fortalecer em mim, pois dois senhores não ocupam o mesmo lugar em nosso coração. Ou eu me faço “forte” por minhas próprias forças ou deixo Cristo se fortalecer e despejar todo seu poder através de mim. Cada vez que penso estar firmado, ocorre-me algo que me mostra que a minha maior força é tão pouca perto do reflexo do mais fraco poder de Deus em mim.

O mundo e as pessoas nos falam para lutarmos e sermos alguém, sermos ricos, bem sucedidos, termos isso ou aquilo, conquistarmos prêmios para mostrarmos aos outros tudo permeado de uma vaidade que nos toma de assalto e nos conduz a perdição. Passamos uma vida toda lutando para termos dinheiro e status e para isso vendemos a nossa saúde, nosso tempo, e o pior, nossa alma, para enfim conquistarmos isso e então algo nos faz olhar para trás e nos questionar se valeu a pena. Relacionamentos estraçalhados, casamentos desfeitos, filhos perdidos e saúde em frangalhos. Será que não tem como alcançar tudo isso sem esses efeitos colaterais? A minha alma está rendida ao inimigo? Quem disse isso? Eu fui bonzinho e dei algumas cestas básicas aos pobres e ajudei algumas instituições de caridade, até mesmo porque abato essas doações do meu imposto de renda.

Então eu consigo olhar o meu reflexo no espelho e ver o que a vida tem me ofertado inúmeras coisas, mas nenhuma satisfaz minha alma sedenta, minha alma rendida e vazia por algo que não tenho. Mas eu tenho dinheiro, mando comprar em algum lugar. Mas, de repente, ouço falar de algo que pode ser que me traga o verdadeiro sorriso aos meus lábios e me encha de gozo. E não é uma coisa é alguém. Dizem que é Deus. Será que isso me satisfaz? Será que é isso que passei a vida inteira querendo e só agora na minha derrocada descobri. Esse é aquele Deus que ouço falar desde quando era pequeno? Aquele que todos falavam, mas poucos o conheciam. Nem sabia que ele existia mesmo.

Mas o que ele tem para me oferecer? Será que ele tem uma droga sintética nova que ainda não experimentei? Ou é um novo tipo de absinto ainda mais forte e poderoso? Não posso morrer sem descobrir o que ele tem pra me oferecer. Vida eterna. Salvação. Paz. Morada aprazível. Que isso? Com que autoridade ele pode dispor disso em seu “cardápio”? Nem os mais influentes lobistas e políticos me ofereceram isso até agora. Nem as mais profundas meditações e rituais me levaram a isso. No máximo promessas de um espírito elevado ou de reencarnar em algo ou alguém e torcer pra que seja uma vida legal.

Mas não é disso que estamos falando. Enquanto eu gasto muito do meu precioso dinheiro em sofisticados tratamentos estéticos para tentar delongar minha vida, que agora tenho a impressão de ser medíocre, ele me oferece a morte. Que isso? Esse cara tá louco! Vem-me dizer que preciso morrer para nascer de novo. Eu já nasci e não quero morrer, será que preciso desenhar para ele entender?

Eu quero uma poção mágica que me dê alegria duradoura, que me estenda os dias de vida, para que eu possa desfrutar de uma parte do meu precioso dinheiro que levei tanto tempo para ganhar. Quando começo a deglutir essa idéia vem outra bomba: que meu dinheiro não importa e o que ele quer me dar é de graça. E que eu tenho que escolher entre servir o meu precioso dinheiro e status ou a ele. Eu não entendi direito, acho que ainda é efeito do puro malte escocês que tomei há pouco.

Estou atordoado com tanta informação. Não tem algo mais fácil, tipo drive thru, eu peço, pago e levo embora? Pra que complicar? Eu deixo até uma gorjeta, se for o caso. Mas parece que minha forma de negociação não está fazendo-o mudar de ideia. Tá difícil de negociar, ele é muito inflexível nessas exigências. E agora o que eu faço? Passei uma vida inteira atrás de algo e agora vejo que chegou a minha vez e a minha hora. Será que é isso que quero mesmo?

Mas algo mais forte que eu, me leva a crer naquilo, naquelas promessas loucas e me entregar àquele que se proclama criador de tudo e de todos. Na minha humilde racionalidade, pensei que se fosse ele mesmo o criador, com certeza estaria nas mãos da pessoa certa, porque ele é que tem minha fôrma e sabe como me fez.

E fui tomado, como por uma paixão ardente a primeira vista, fui transportado para um mundo metafísico, um mundo onde a minha verdade e a minha racionalidade já não era mais absoluta assim. Era um poder muito forte, denso e arrebatador e quando vi tinha me entregue todo àquele Deus poderoso. Comecei a perceber o quão fraco eu era e quão fortalecido eu estava me sentindo. De repente me vi prostrado diante do poder Daquele que indubitavelmente era o poderoso e majestoso Rei e Criador dos céus e da terra.

Pronto, confesso. Fui tomado por aquele amor, fui completamente cheio daquele Deus que disse que iria habitar em mim. E creio que realmente a partir daquele momento foi isso que aconteceu, pois desde então minha vida mudou para sempre e sinto seu agir em mim, dia após dia. E com o passar do tempo fui percebendo que toda minha vida tinha sido mudada drasticamente, e perdi o amor a meus bens, dinheiro, status e nutri um amor por aquele Deus maravilhoso que me moldava diariamente em uma pessoa despojada de desejos fúteis e egocêntricos. Quão vaidoso eu era.

Não posso mais ficar quieto, preciso gritar ao mundo que descobri o maior tesouro de todos, que não se compra com dinheiro e nem se conquista com nosso esforço. Mas vem gratuitamente de um Deus que nos ama e nos quer rendido para que Ele possa viver em nós e operar seu amor através de nós. Um Deus humilde, um Deus digno, um Deus fiel. Um Deus maior que o universo, mas que se humilha e passa a morar em meu pequeno e franzino corpo. Um Deus que mesmo negado, humilhado, espancado, deu sua vida por nosso amor. Isso porque eu nem o conhecia. Um Deus que não desistiu de mim, mesmo quando me fartava na mesa do banquete oferecido pelo nosso inimigo. Um Deus que sempre esteve ao meu lado, mesmo que eu não soubesse. Um Deus que nunca vai deixar de me amar e de me cuidar.

Bem-vindo a minha vida Jesus Cristo. Espero ser uma morada agradável para teu Espírito. Nunca mais me separarei de Ti porque habitarei contigo para toda eternidade. Tu és maior que meus desejos e sonhos, Tu és melhor que o meu maior amor, mais valioso que todos os meus tesouros.

Alegro-me em ti, Jesus, razão do meu viver.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Você é nascido de novo?





“1 Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. 2 Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. 3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. 7 Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. 8 O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. 9 Então, lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus: 10 Tu és mestre em Israel e não compreendes estas coisas? 11 Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto; contudo, não aceitais o nosso testemunho. 12 Se, tratando de coisas terrenas, não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais?”  (João 3:1-12 RA)



Nessa passagem relatada por João, temos um impressionante diálogo entre Nicodemos, um mestre das leis e membro do Sinédrio, e Jesus. Nicodemos ficou impressionado com as coisas que Jesus fazia, pois ele, sendo líder dos judeus, não conseguia fazer o que aquele homem humilde e pobre fazia, mesmo com todo seu conhecimento das escrituras.

Jesus lhe explicou que era necessário nascer de novo, ou seja, nascer do Espírito para entendermos as coisas espirituais. O nosso Espírito morreu quando o pecado entrou no mundo (Gn 2:17), mas através de Jesus podemos receber o Espírito Santo e assim sermos uma nova pessoa. Quando o anjo veio avisar Maria que através dela nasceria o Ungido de Deus, ela questionou o anjo sobre coisas carnais, querendo saber como isso se daria sendo que ela não tinha relações sexuais com José. Mas o anjo lhe explicou que seria obra de Deus através do Espírito Santo e assim nasceria Jesus. Em nós acontece o mesmo, ou seja, nós recebemos através da palavra – não mais de um anjo – a notícia que em nós há de nascer Jesus através da obra do Espírito. Mas, tal como Nicodemos, nós passamos a questionar coisas carnais e não aceitamos a palavra como ela é. Nicodemos ouviu do próprio Jesus como se procederia e nós ouvimos através da sua palavra.

Mas importa nascer de novo. Nicodemos olhava as escrituras como uma letra fria e a interpretava como um texto qualquer. As escrituras tem que serem discernidas pelo Espírito, pois Ele nos guiará em toda verdade (Jo 16:13) e assim seremos edificados e libertados pela palavra da verdade.  Mas ele não entendia pois ainda não havia nascido de novo.
Será que nós nascemos de novo? Nós passamos a vida acreditando em crer em coisas terrenas e não crendo nas coisas celestiais que Deus que tem para nós. Quantos de nós ainda vivemos vidas vazias, pautadas em relacionamentos frios, sem amor, sem compaixão, sem perdão, buscando nossos próprios interesses sem olharmos para o nosso lado.

Será que nascemos de novo? Pessoas que fazem da igreja clubes sociais enfadonhos, buscando relacionamentos ilícitos e através de sua “carteira de membro” conseguir benefícios profissionais ou sexuais para alimentar suas necessidades mundanas. Pessoas buscando preencher seu tempo vazio com conversas superficiais sobre coisas irrelevantes levando a fins pecaminosos.

Será que nascemos de novo? Crendo a aceitando que as maldições e macumbas que fomos alvos estarão sempre conosco nos cercando e rodeando e ditando nossa vida. Crendo que Jesus não se fez maldição por nós naquela cruz, levando em suas costas todos os escritos que havia contra os que Nele cressem. Pessoas que leem horóscopos e acreditam em previsões e outras idiotices que não passam de adivinhações modernas e demoníacas.

Será que nascemos de novo? Homens e mulheres que mantém suas vidas no mesmo padrão que tinham, com seus pecados, manias e crenças inabaláveis mesmo depois de terem ditos que aceitaram Jesus. Gente que não produzem frutos dignos de arrependimento, que não demonstrem com suas vidas, ao invés de falarem com lábios enganosos e com palavras falsas, que realmente mudaram e que tudo se fez novo. Se pedirmos para seu filho, seu pai, seus irmão ou amigos se você é uma nova pessoa, nascida de novo, eles responderiam que sim? Será que seus atos são competentes para provar isso?

Será que nascemos de novo? Será que cremos que realmente que Cristo vive em nós? Será que nos despojamos do velho homem? Será que tudo se fez novo e agora somos filhos de Deus, refletindo a imagem de Jesus com nossa vida? Será que glorificamos ao nome do Senhor com nosso andar? Será que aceitamos a obra do Espírito Santo em nossa vida?

Precisamos nascer de novo. Precisamos viver uma vida de comunhão com Cristo, meditando em Sua palavra, conhecendo melhor a Deus e a nós mesmos. Precisamos crer nas palavras das escrituras e crer que, pelo poder de Jesus em nossas vidas, vencemos o mundo (1Jo 5:4) pelo nosso testemunho. Precisamos crer que a Palavra nos sustenta e pela autoridade de Cristo poderemos expulsar demônios, pegar nas serpentes e por as mãos sobre os enfermos e os curar (Mc 16:17-18), pois o maligno não nos toca (1Jo 5:18).

A minha oração é para que possamos verdadeiramente nascer de novo, nos arrependendo de nossa vida pecaminosa, sendo verdadeiramente liberto do pecado através da entrega da nossa vida ao rei Jesus. Que conheçamos o amor de Cristo e possamos viver em sua plenitude, com uma confiança inabalável em seu poder, desfrutando da paz que excede nosso entendimento, seguindo à semelhança Dele (Ef 4:13), pois maior é o que está em nós do que o que está no mundo (1Jo 4:4). Amém.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A tentação de Jesus e a sua identidade


 1  Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome. Disse-lhe, então, o diabo: Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem. E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo. Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele darás culto. Então, o levou a Jerusalém, e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse: Se és o Filho de Deus, atira-te daqui abaixo; 10  porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; 11  e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 12  Respondeu-lhe Jesus: Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus. 13  Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno.” (Lucas 4:1-13 RA)

Nós pecadores, que nos rebelamos em Adão contra o Deus Excelso, temos diversas crises em nossa vida, seja na área profissional, familiar, espiritual entre outras. Todas passam ou são substituídas por outra após algum tempo. Mas temos uma crise que nós vivemos constantemente: a crise de identidade.

Nós somos constantemente influenciados pelo meio que vivemos, tendo nossos costumes e hábitos ditados e construídos pelo mundo, que é dominado pelo mal. É o mundo que nos fala qual roupa devemos usar, qual celular devemos comprar, qual carro devemos andar e com quem devemos parecer. Cada minuto de vida somos bombardeados por inúmeras mídias tóxicas que nos levam a um consumismo desenfreado, criando em nós uma falsa necessidade de algo que não temos, para mostrar para quem não devemos e ser quem não somos. Com essa fraqueza exaltada, criamos brecha para que o inimigo nos controle através de nossos desejos mundanos, pois buscamos essa satisfação a qualquer custo. Quanto mais buscamos atender esses desejos, mais eles se aperfeiçoam e maior é o esforço para alcança-los, tal como o dependente usando porções maiores de suas drogas para poder satisfazer sua necessidade. A partir desse momento ficamos nas mãos do inimigo e longe de Deus.

As escrituras nos trazem, de forma muito especial, a descrição dessa tentação sofrida por Jesus e o ensinamento de como é importante sabermos quem somos para construirmos a nossa identidade em Jesus, e vivermos Nele, com Ele e por Ele.

Jesus havia acabado de ser batizado nas águas do Rio Jordão, por intermédio de João Batista, conforme já previsto pelo profeta Isaías (Is 40:3). Então, o céu se abriu, desceu o Espírito Santo e Deus bradou que Jesus era seu Filho amado em quem Ele se alegrava. Logo após, Jesus foi levado ao deserto para ser tentado. Após quarenta dias em jejum chega o inimigo para tentá-lo, aproveitando-se desse momento de fraqueza física para dissuadi-lo. O inimigo é astuto e quer aproveitar as nossas fraquezas para nos destruir. Vamos analisar quais as armas do diabo e a arma de Jesus para vencê-lo:

As armas do diabo: Satanás tentou Jesus tomando três pontos já conhecidamente fracos do homem, tal como ele fez com Adão e sua mulher, quando do pecado original: O desejo da carne, o desejo dos olhos e a soberba da vida são do mundo (1Jo 2:16). A mulher foi tentada pela carne quando ela viu que a árvore era boa para se comer (Gn 3:6) e Jesus quando o diabo o tentou falando para Ele transformar pedra em pão, sabendo de sua fome. A mulher foi tentada pelo desejo dos olhos em comer o fruto proibido, pois ele era agradável aos olhos (Gn 3:6) e Jesus foi tentado pelo desejo de seus olhos quando o diabo mostrou todos os reinos do mundo e ofertou-os a Ele. A mulher foi tentada pela soberba da vida quando sentiu desejo em ter entendimento e conhecimento do bem e do mal, tentando ser igual a Deus (Gn 3:5-6) e Jesus quando o diabo o tentou em ter controle sobre sua própria vida decidindo quando morrer ou viver.

A arma de Jesus: Jesus estava cheio do Espírito Santo quando foi levado ao deserto, e da mesma forma que o diabo usou de forma distorcida a palavra de Deus para tentá-lo, Jesus também usou a palavra de Deus para resistir e não deixar ser levado pelas abordagens do inimigo. Portanto, Jesus precisou somente da palavra de Deus para se fortalecer e vencer essa batalha.

Notemos que o diabo em todas as suas investidas quis colocar em dúvida um só ponto: a identidade de Jesus. Ele tinha acabado de ouvir dos céus, da boca de Deus que Ele era seu Filho amado, mas Satanás quis colocar em dúvida o quanto Jesus acreditava nisso e o quanto Ele estava firmado nessa verdade.

Na história percebemos que antes de toda tentação, o diabo falava que se Jesus fosse o Filho de Deus era para fazer isso ou aquilo. Mas Jesus, nunca duvidando de sua identidade, foi reprendendo o inimigo, baseado nas escrituras, até que ele foi embora. Jesus acreditou na única verdade que Lhe foi dada: a palavra de Deus.

Tal como Jesus foi tentado, nós também somo tentados diariamente, mas, diferentemente de Jesus, não temos nossa identidade fortalecida em Deus. Deus também nos fala que somos seus filhos (1Jo 3:1) e nos ensina a viver em santidade, fortalecendo-nos Nele e na força de Seu poder (Ef 6:10). E nós também temos a palavra de Deus para nos radicar, mas não nos firmamos nela, pois constantemente deixamo-nos levar por falsas promessas do inimigo, por distorções da palavra e pelo pouco conhecimento que temos das Escrituras Sagradas. Nós não conseguimos resistir ao Diabo. Na carta de Tiago, capítulo quatro, verso sete, diz que se resistirmos ao diabo ele fugirá de nós. Nós somente podemos entender esse versículo se entendermos o exposto acima, pois quando estamos firmados na palavra de Deus o inimigo, por mais que tente nos levar para caminhos diferentes, não terá êxito, pois conhecemos quem somos, o que precisamos e para onde devemos ir. Da tentação temos que fugir, mas do diabo temos que resistir, e fazemos assim nos firmando em algo que é maior que nós, a saber, Deus.

            A minha oração é que possamos ter muito clara a nossa identidade, pois se já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim (Gl 2:20), logo, a minha identidade é Cristo. Que o Senhor tenha misericórdia de nós, derramando sua graça para que possamos vencer nossa crise de identidade através da meditação da sua palavra e de constantes orações.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Jesus, o filho do Deus vivo


 13 Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? 14  E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. 15  Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? 16  Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17  Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. 18  Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. 19  Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus.” (Mateus 16:13-19 RA)

Em Mt 16:13-19 temos um interessante trecho sobre o diálogo de Jesus com Pedro que nos ensina muito a respeito da autoridade de Jesus na igreja. Jesus começa um diálogo questionando sobre o que as pessoas pensam a respeito da sua identidade. Alguns falam que é profeta ou parecido, mas somente Pedro define a resposta esperada: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.


Para entendermos um pouco melhor essa revelação, vamos analisar alguns pontos:

1) Verso 13 e 14: na pergunta que Jesus faz aos seus discípulos, Ele mesmo se nomeia Filho do Homem, trazendo a conotação de humildade de ser gerado de um homem e não somente expressando seu lado divino. O povo, não crente que aquele homem simples, filho carpinteiro, nascido em Belém poderia ser o Messias, pois aguardavam um nobre que assumiria o trono com toda pompa e circunstância. Isso os fez achar que Jesus não passava de um profeta ou alguém semelhante.

2) Verso 15: Jesus busca saber qual é entendimento que seus discípulos têm a respeito da sua pessoa, pois logo após Ele começa a trabalhar a palavra igreja, que pela primeira vez aparece no Novo Testamento. Como Jesus é o próprio fundamento, para entenderem igreja no sentido de assembleia de escolhidos, os discípulos têm que ter esclarecido a autoridade Jesus, o Cristo.

3) Verso 16 e 17: Cristo significa ungido, messias. Jesus, em sua imensa sabedoria, explica que essa resposta não veio da natureza humana de Pedro, mas revelada pelo Espírito Santo de Deus. Essa revelação a respeito da identidade messiânica de Jesus não estava clara ainda para seus pares e eles necessitavam de uma revelação divina. Tendo então Jesus sua paternidade revelada, assim também procedeu revelando a paternidade de Pedro, chamando-o de Simão Barjonas, que significa “filho de Jonas”. Interessante notarmos que como somos de adoção por Jesus Cristo(Ef 1:5), ganhamos uma nova identidade, pois temos um novo pai. Pedro cita que Deus é vivo, ou seja, tem pleno vigor, é influente e ativo; não é um Deus apático, alheio as nossas necessidades e impotente frente as dificuldades.

4) Verso 18: esse versículo nos trás duas formas de interpretação aceitáveis e por mim, consideradas como complementares. A primeira interpretação é que Jesus é a pedra angular da igreja, e sobre Ele a igreja será edificada (Is 28:16) (1Pe 2:4), ou seja, como Jesus é o filho de Deus a igreja será sobre Ele porque Ele é a figura de Deus na terra. Sobre autoridade de Jesus é que a igreja se constituirá e será espalhada por todo mundo e não haverá nenhum outro fundamento idôneo (1Co 3:11). A segunda interpretação é que a pedra angular é a confissão de Pedro de que Jesus é o filho do Deus vivo, portanto sobre essa confissão da identidade de Jesus é que se fundará a igreja dos discípulos, da qual todos que creem na identidade de Jesus seriam participantes. As duas visões se complementam porque sobre a confissão de que Jesus é o Ungido e sobre a pessoa de Jesus é que a igreja se funda e será sustentada. As portas do inferno – hades ou reino da morte – não prevalecerão sobre a igreja porque todos que morrerem em Cristo vencerão a morte e com Ele serão vivificados (1Pe 3:18). Jesus tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1:18), o que significa que controle é Dele e Ele não deixará os seus padecerem a segunda morte, pois esses já passaram da morte para a vida.

5) Verso 19: o reino dos céus é o domínio e reinado de Deus, onde Ele exerce seu governo; é o reinado que Jesus veio implantar entre nós, um reino eterno onde Ele é o Rei dos reis. Ter a chave do reino dos céus é ter acesso a esse reino espiritual. O Espírito Santo seria o acesso, pois é através Dele que nós conseguimos nos conectar a Deus, pela autoridade de Jesus. Sendo assim, tudo que fizermos aqui na terra terá seu reflexo no mundo espiritual, pois Jesus nos transferiu essa autoridade para que o fizéssemos para glória de Seu nome.



Todos quantos crerem em Jesus tornam-se sua igreja e devem estar sujeitos à Ele que morreu por nós. Cabe a nós glorificarmos Ele com nossa vida, para que Jesus ache a sua noiva gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito (Ef 5:27).


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Reflexões acerca de oração (Parte 1) - Oração modelo

5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. 7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos 8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. 

9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 11 O pão nosso de cada dia nos dá hoje; 12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; 13 E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” (Mateus 6:5-13 RA)


Quando oramos nos relacionamos com nosso Deus. E assim sendo, não precisamos de homens para nos achegar a Ele, pois Jesus rasgou o véu da separação e nos deu acesso direto ao Pai, sendo o único mediador entre Deus e os homens (2Tm 2:5).


Isso me faz pensar em alguns pontos interessantes sobre oração:

Versículo 5: Jesus nos ensina a orar com humildade e em verdade. Muitos fazem orações com vocabulário rebuscado, citando trechos das escrituras juntamente com suas referências, buscando assim se fazerem mais espirituais que os demais, querendo assim transparecer seu conhecimento bíblico, mas seus corações estão distantes do Pai pois estão focados em homens, buscando a glória de seus pares, buscando fama na igreja como uma pessoa que ora “mais forte” que as outras. Essas já receberam sua recompensa, que veio de inútil reconhecimento de homens, que de nada aproveitarão. Deus não se apraz e não recompensa com tesouros celestes, pois fazemos obras na terra onde traça e ferrugem consomem.


Versículo 6: Quando oramos para nosso Deus, devemos assim fazer para termos nosso momento de intimidade, para conversarmos com ele, largando sobre o seu altar todas as nossas ansiedades e desejos. Quando temos algo a compartilhar com algum amigo, chamamo-lo em segredo e nos abrimos com ele, e assim é que Deus quer que façamos com Ele. Por isso nos pede um relacionamento a sós, em secreto, no nosso cantinho de oração para podermos ter um momento só nosso, sem nada e ninguém para atrapalhar. Precisamos nos desligar do mundo e assim entregar nosso coração humildemente nas mãos do Senhor. Precisamos nos achegar prostrado diante dele, reconhecendo nossa fraqueza e total dependência. Assim ele nos recompensará, ou seja, nos retribuirá na mesma medida que nos entregarmos, se achegará a nós com sua maravilhosa e satisfatória graça.


Versículo 7: Muitos buscam fazer orações longas quase intermináveis, prolixas e sem entrega. Apenas tagarelam algumas palavras, por vezes inúmeras vezes repetidas, crendo que Deus os atenderá pela insistência, ou achando ainda que Deus dorme e tem problema de surdez e que é necessário assim fazer para acordá-lo e para que Ele possa ouvi-los. As vãs repetições (ex.: rezar o terço) não acrescem em nada em são condenadas por esse versículo da escritura que nos proíbe desse expediente. Portanto, devemos entender que o nosso Deus não é um deus imóvel, um deus estático que precisa de uma força para se mexer, e sim um deus vivo, dinâmico, que trabalha enquanto descansamos.


Versículo 8: É muito interessante a revelação que esse trecho nos trás. Se Deus é onipresente, onisciente e onipresente é redundante falar que Ele sabe tudo o que precisamos muito antes de pedir, pois foi Ele que nos criou, Ele que nos deu a vida e Ele que escreve nossa história. Ele não está preso ao nosso tempo, nem com as amarras das nossas pequenas possibilidades humanas, mas Ele enxerga toda nossa história instantaneamente, até depois da nossa morte. Sendo assim, as nossas palavras expressam tudo que Ele já sabe, ou seja, a nossa fala é inerte perante Deus; mas o nosso coração não. O que Ele quer é o nosso coração entregue sem barreiras, sem reservas, um coração contrito e puro. É isso que vai mover a mão do Senhor para nos abençoar. Como Deus está em constante movimento correndo toda terra, quando oramos nós não despertamos a sua presença no meio de nós, mas nós temos acesso às regiões celestiais e assim podemos estar com Ele e, independente de onde Ele estiver e, assim, estaremos desfrutando da sua comunhão conosco de modo indescritível e poderoso.


Versículos 9 e 10: a oração do “Pai Nosso”, como comumentemente é tratada a oração que Jesus nos ensinou é uma oração modelo. Podemos chamá-la de moldura para as nossas orações – como pensamento do Pr. Ed René Kivitz – pois ela não foi feita para ser repetida a exaustão, mas como parâmetro para nossos pedidos. Vemos a oração dirigida diretamente a Deus, que está nas regiões celestiais e que pela primeira vez na Bíblia é chamado manifestamente de Pai. A oração pede para que Deus seja santificado, que na raiz grega significa respeitado, reconhecido como santo, tendo todas as coisas consagradas a Ele. Devemos pedir que venha o teu reino, ou seja, seja estabelecido seu poder, tua realeza e assim governe sobre todos. Logo adiante que seja feita a vontade de Deus que é abençoar a humanidade através de Cristo e que assim o conheçam e o glorifiquem por Jesus. É importante frisar que devemos fazer a vontade Dele e não a nossa, portanto, através da palavra e da oração é que podemos saber qual é a vontade Dele e descobrir assim que nossos desejos egoístas não deverão ser obrigatoriamente atendidos, mas sim nos sujeitarmos a vontade de Deus independente se gostamos de seu resultado ou não.


Versículo 11: Alguns creem que Jesus tenha feito essa oração em aramaico e que com as traduções houve certo equivoco e que a tradução correta seria o pão nosso de amanhã e não de cada dia. Se analisarmos a oração de forma holística, veremos ela tem tom escatológico, pois trata de coisa do porvir e não de coisas do tempo presente. Se pensarmos que Jesus é o pão da vida e que Jesus foi o maná do deserto (teofania: aparições de Cristo no A. T.) e que o maná de sábado vinha na sexta, podemos compreender duas coisas: que o pão nosso de cada dia (alimento) Ele já nos dá, conforme vemos no versículo 33, que Ele não deixará nos faltar a comida, a bebida e as vestes; e que o pão que Jesus se refere não seria o alimento físico, mas o espiritual que alimenta a nossa alma, que fortalece nosso espírito. Portanto, devemos ser totalmente dependentes dEle que nos sustenta dia após dia.


Versículo 12: esse trecho nos trás o ensinamento semelhante à parábola do credor incompassivo que foi perdoado de uma dívida impagável, mas não soube perdoar uma pequena quantidade que tinha a receber. Só conseguimos perdão de nossos pecados assim que perdoarmos a quem nos ofendeu, portanto, temos uma relação de causa e efeito, perdoamos para sermos perdoados.


Versículo 13, primeira parte: devemos rogar para que Deus fortaleça para não perecermos quando formos tentados pelo inimigo ou pela nossa própria carne. Lembre-mo-nos: não somos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque somos pecadores. Temos em nós a natureza pecaminosa, o desejo dos olhos, a carne e da soberba da vida (1Jo 2:16). Mesmo que não é de nosso desejo, ainda pecaríamos, pois o único santo foi Jesus. Que possamos não deixar brechas abertas para que o inimigo, que anda ao nosso derredor, possa invadir nossos muros e nos fazer mal. Que toda tentação e sedução pelo pecado possa ser evitada por nossa força em Deus, pois prevalecerá o que for mais alimentado: a carne ou o Espírito. E que o Senhor nos liberte e resgate das coisas ruins e iníquas, de toda condição má e das mãos de Satanás.


Versículo 13, segunda parte: porque o reino o poder e a glória pertencem a Deus, através da autoridade de Cristo, conquistada quando Jesus venceu a morte e subiu aos céus ressurreto, como podemos ver em Ap 12:10. O poder de nos livrar do mal só pode vir de alguém que tem poder sobre isso, de alguém que é mais forte que o maligno, que venceu o mundo. Deus tem poder sobre tudo e todos e Cristo está com a chave da morte e do inferno (Ap 1:18) e nenhum mal tem poder sobre Ele. E dessa forma, glorificamos aquele que é o Grandioso, Excelso Criador, o grande Eu Sou, o Alfa e o Ômega, reconhecendo sua soberania e majestade sobre nós, porque a nossa fé em Jesus nos faz vencer o mundo também (1Jo 5:4).


Que possamos nos modelar na oração ensinada por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e aprendermos a ter intimidade e fazermos a Sua vontade para termos uma vida reta diante do Deus vivo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Jesus, nosso Criador - Reflexão sobre Gn 1:26


Fazendo um estudo minucioso da palavra de Deus, podemos perceber quão ricos são seus textos e quantos tesouros estão “escondidos”, e esse é um dos detalhes maravilhosos da Escritura. Quanto mais lemos, mais queremos e mais somos edificados. Precisamos sempre meditar e clamar pela revelação do Espírito Santo que nos revela os ensinamentos de cada linha.

Confesso que sou um apaixonado por Genesis e, em especial, pela riqueza dos capítulos 1 a 3 sobre a criação dos céus, da terra e do homem. No capítulo um, versículo um, a raiz grega da palavra “criou” (bara) nos traz a ideia de criar algo do zero, ou seja, sem nenhuma matéria-prima para modificar ou melhorar; é trazer a existência algo que nunca houve. Isso nos trás uma pequena idéia da plenitude e grandiosidade do nosso Deus, do grande Eu Sou, do Criador Supremo.

Temos a aparição da trindade já nos três primeiros versículos da Bíblia, Deus no primeiro, o Espírito Santo no segundo e Jesus no terceiro. Todas as coisas foram criadas por Deus, portanto todas são importantes, mas a obra-prima da criação é o homem. Abaixo alguns pontos interessantes a respeito da primeira parte do versículo 26 do primeiro capítulo:

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”

Primeiro: A raiz da palavra “façamos” (Gn 1:26) é asah, ou seja, manufaturar, produzir algo a partir da matéria-prima previamente existente. Nós fomos feitos não como a terra e os céus (bara), mas feitos de algo que já existia, o pó da terra, para que sempre saibamos de nossas origens e para que nunca pensemos em ser tal como Ele.

Segundo: Ele usa a expressão “façamos”, no plural, ou seja, Ele não está sozinho e sim com alguém tal como Ele. Logo depois Deus fala para fazer “conforme a nossa semelhança”, ou seja, esse alguém deveria ter a mesma essência que Ele. Essa pessoa só pode ser Jesus, pois “Ele (Jesus) é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.” (Cl 1:17). Em Jo 1:3 fala que todas as coisas foram feitas por Jesus e sem Ele nada seria feito. Jesus estava no princípio com Deus, e Ele era Deus (Jo 1:1).

Terceiro: fomos feitos a sua imagem. Por imagem (tselem) temos a tradução de aspecto de sombra, ou seja, somos sombra de Deus. Uma sombra não existe sozinha, ela precisa de uma luz refletindo em algo para projetá-la. Essa luz é Deus e esse algo é Jesus. Sem Deus não existimos, sem Ele desaparecemos.

Quarto: fomos feitos a sua semelhança. A palavra semelhança vem da raiz demooth, que siginifica ser como, similaridade. Em Gn 5:3, diz que Abraão gerou um filho à sua semelhança (demooth), então percebemos que Deus nos fez tal como pai gerando seu filho, assim como Jesus tinha suas características por ser o primogênito (Cl 1:15). A sombra é algo que não tem vontade própria, escolha, nada. Portanto, a semelhança nos traz a característica que Ele nos deu de podermos ter liberdade em nossas escolhas e feitos. Somente quem tem essa característica pode passá-la para alguém. Jesus veio em carne e devemos buscar seguir à Sua semelhança.

Assim, temos que Jesus é Deus, que Jesus estava com Deus desde antes da fundação do mundo, e que somos criados para manifestação da sua glória e para termos um relacionamento com Ele. Deus nos criou para vivermos pela eternidade, mas o único eterno é Deus, pois todo o resto foi criado. Temos que ter fé para agradar a Deus (Hb 11:6), pois até mesmo Adão teve que ter fé acreditando que Deus criou tudo, pois ele foi o último a ser criado, no sexto dia – pois o sétimo Deus descansou. E até quando Deus criou a mulher, Adão não viu, pois o Senhor o fez cair em profundo sono.

Jesus o criador de tudo (Jo 1:3), o unigênito de Deus (Jo 3:16) e o primogênito dos mortos (Ap 1:5). Louvai ao Senhor!

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Caros amados em Cristo Jesus,

Esse blog estará em constante construção para o compartilhamento de alguns pensamentos e revelações recebidas através do Espírito Santo.
Todos os textos aqui expostos serão devidamente assinados e prontos a receber comentários edificadores.
Espero poder lançar um canhão de luz sobre alguns pontos interessantes de nossa vida com Jesus. Que Ele esteja sempre nos orientando e guiando-nos pela verdade. Amém.

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.” (Salmos 119:105)