sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Jesus, nosso Criador - Reflexão sobre Gn 1:26


Fazendo um estudo minucioso da palavra de Deus, podemos perceber quão ricos são seus textos e quantos tesouros estão “escondidos”, e esse é um dos detalhes maravilhosos da Escritura. Quanto mais lemos, mais queremos e mais somos edificados. Precisamos sempre meditar e clamar pela revelação do Espírito Santo que nos revela os ensinamentos de cada linha.

Confesso que sou um apaixonado por Genesis e, em especial, pela riqueza dos capítulos 1 a 3 sobre a criação dos céus, da terra e do homem. No capítulo um, versículo um, a raiz grega da palavra “criou” (bara) nos traz a ideia de criar algo do zero, ou seja, sem nenhuma matéria-prima para modificar ou melhorar; é trazer a existência algo que nunca houve. Isso nos trás uma pequena idéia da plenitude e grandiosidade do nosso Deus, do grande Eu Sou, do Criador Supremo.

Temos a aparição da trindade já nos três primeiros versículos da Bíblia, Deus no primeiro, o Espírito Santo no segundo e Jesus no terceiro. Todas as coisas foram criadas por Deus, portanto todas são importantes, mas a obra-prima da criação é o homem. Abaixo alguns pontos interessantes a respeito da primeira parte do versículo 26 do primeiro capítulo:

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”

Primeiro: A raiz da palavra “façamos” (Gn 1:26) é asah, ou seja, manufaturar, produzir algo a partir da matéria-prima previamente existente. Nós fomos feitos não como a terra e os céus (bara), mas feitos de algo que já existia, o pó da terra, para que sempre saibamos de nossas origens e para que nunca pensemos em ser tal como Ele.

Segundo: Ele usa a expressão “façamos”, no plural, ou seja, Ele não está sozinho e sim com alguém tal como Ele. Logo depois Deus fala para fazer “conforme a nossa semelhança”, ou seja, esse alguém deveria ter a mesma essência que Ele. Essa pessoa só pode ser Jesus, pois “Ele (Jesus) é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.” (Cl 1:17). Em Jo 1:3 fala que todas as coisas foram feitas por Jesus e sem Ele nada seria feito. Jesus estava no princípio com Deus, e Ele era Deus (Jo 1:1).

Terceiro: fomos feitos a sua imagem. Por imagem (tselem) temos a tradução de aspecto de sombra, ou seja, somos sombra de Deus. Uma sombra não existe sozinha, ela precisa de uma luz refletindo em algo para projetá-la. Essa luz é Deus e esse algo é Jesus. Sem Deus não existimos, sem Ele desaparecemos.

Quarto: fomos feitos a sua semelhança. A palavra semelhança vem da raiz demooth, que siginifica ser como, similaridade. Em Gn 5:3, diz que Abraão gerou um filho à sua semelhança (demooth), então percebemos que Deus nos fez tal como pai gerando seu filho, assim como Jesus tinha suas características por ser o primogênito (Cl 1:15). A sombra é algo que não tem vontade própria, escolha, nada. Portanto, a semelhança nos traz a característica que Ele nos deu de podermos ter liberdade em nossas escolhas e feitos. Somente quem tem essa característica pode passá-la para alguém. Jesus veio em carne e devemos buscar seguir à Sua semelhança.

Assim, temos que Jesus é Deus, que Jesus estava com Deus desde antes da fundação do mundo, e que somos criados para manifestação da sua glória e para termos um relacionamento com Ele. Deus nos criou para vivermos pela eternidade, mas o único eterno é Deus, pois todo o resto foi criado. Temos que ter fé para agradar a Deus (Hb 11:6), pois até mesmo Adão teve que ter fé acreditando que Deus criou tudo, pois ele foi o último a ser criado, no sexto dia – pois o sétimo Deus descansou. E até quando Deus criou a mulher, Adão não viu, pois o Senhor o fez cair em profundo sono.

Jesus o criador de tudo (Jo 1:3), o unigênito de Deus (Jo 3:16) e o primogênito dos mortos (Ap 1:5). Louvai ao Senhor!

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